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Economia planificada ou economia planejada, é um tipo de sistema econômico em que o investimento, a produção e a alocação de bens de capital ocorrem de acordo com os planos econômicos para toda a economia. Uma economia planificada pode utilizar formas de planejamento econômico centralizadas, descentralizadas, participativas ou do tipo soviético. O nível de centralização ou descentralização na tomada de decisão e participação depende do tipo específico de mecanismo de planejamento empregado. Os estados socialistas baseados no modelo soviético usaram o planejamento central, embora uma minoria, como a República Federal Socialista da Iugoslávia, tenha adotado algum grau de socialismo de mercado. O socialismo abolicionista de mercado substitui os mercados de fatores pelo cálculo direto como meio de coordenar as atividades das várias empresas econômicas de propriedade social que constituem a economia. Abordagens mais recentes ao planejamento e alocação socialistas vieram de alguns economistas e cientistas da computação que propuseram mecanismos de planejamento baseados nos avanços da ciência da computação e da tecnologia da informação.
Economias planejadas contrastam com economias não planejadas, especificamente economias de mercado, onde empresas autônomas que operam em mercados tomam decisões sobre produção, distribuição, preços e investimento. As economias de mercado que usam o planejamento indicativo são chamadas de economias de mercado planejadas, economias mistas e economias de mercado mistas. Uma economia de comando segue um sistema de comando administrativo e usa um planejamento econômico do tipo soviético, que era característico da antiga União Soviética e do Bloco de Leste antes que a maioria desses países se convertesse em economias de mercado. Isso destaca o papel central da administração hierárquica e da propriedade pública da produção na orientação da alocação de recursos nesses sistemas econômicos.
Nas mais modernas economias planificadas, um poder central fica encarregado de decidir a respeito dos investimentos a serem realizados pela sociedade, a distribuição dos recursos necessários à produção, consumo e as metas a serem atingidas pelas empresas. Exemplo dessa chamada economia planificada podemos identificar no processo desenvolvido durante o período de 1964 a 1985 no Brasil, quando houve "quatro chamados Planos Nacionais de Desenvolvimento, denominados PND I, II, III e IV"; cada um desses com duração de cinco anos, indicando os rumos que a economia deveria seguir para o crescimento harmônico nos períodos.
Muitas das economias totalmente planificadas que existiram sobretudo no século XX acabaram perdendo credibilidade ao longo dos anos 1980 e 1990, devido ao aumento da burocratização e à ausência de incentivos a ganhos de produtividade e inovações. Houve, no Brasil, apesar de este país não ser totalmente planificado na época, um "Ministério da Desburocratização" para tornar o processo mais rápido e menos burocratizado, com vistas ao custo e qualidade do produto e sua competitividade, a nível internacional, entre o III e o IV Plano Nacional de Desenvolvimento; e também a criação de órgãos como o "Ministério da Ciência e Tecnologia", ligando as instituições escolares às empresariais, com o fito de modernizar o aparelho produtivo, na figura do operário e do estudante, ao nível do chamado então "Primeiro Mundo", como eram, na época, chamados, países como os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, França e outros. O Brasil se encontrava no nível dos países "em desenvolvimento", estando agora entre os principais emergentes do globo.